Entender a importância da psicologia hospitalar significa, primeiramente, entender qual é o papel desse profissional. Inclusive, muitos pacientes não sabem que há alguém ali preparado para este tipo de atendimento.
Com a popularização da terapia junto da pandemia do Covid-19, muitos locais de saúde, desde hospitais a clínicas, ampliaram o número de atendimentos. Simultaneamente, ocorreu um foco na área da saúde, tanto em ações de prevenção quanto nas etapas de tratamento.
Vale dizer que é obrigatória a presença de profissionais de saúde mental em hospitais públicos ou privados, bem como clínicas ou outros locais de internação.
Essa área foi regulamentada em 2000, reconhecida pelo Conselho Federal como especialidade. Agora, vamos entender melhor o papel desse profissional, confira!
A importância da psicologia hospitalar
A princípio, é importante entender o objetivo desse profissional, isso considerando que os hospitais e clínicas são locais de maior sensibilidade.
Dessa forma, o psicólogo auxilia na prevenção, para a situação não ocorrer novamente ou para a condição de saúde não evoluir, para entender todo o cenário, bem como para enfrentar a situação e/ou ligar com as dificuldades.
Logo, é destinada aos pacientes e aos familiares ou amigos.
Os pacientes que possuem um quadro clínico passam por uma série de mudanças e impactos. Justamente por isso, ocorre uma baixa na qualidade de vida, no bem-estar, autoestima, etc.
Além disso, cada paciente tem uma condição específica e reage a ela de forma distinta. Seja uma infecção ou mesmo um procedimento cirúrgico.
Com esse adoecimento, existem mudanças significativas em todo o quadro do paciente, que precisa mudar sua rotina, reaprender coisas, fazer tratamentos e assim por diante.
Neste cenário, o psicólogo hospitalar vem para suprir essa necessidade, por meio de uma escuta individualizada e qualificada.
Por exemplo, imagine que um indivíduo X, que trabalha normalmente, vive sozinho e tem total independência, começa a sentir-se mal. Logo, vai ao hospital e realiza uma série de exames, descobrindo um problema cardíaco.
O médico informa que será necessária a realização de uma cirurgia, repouso absoluto e, em média, 4 meses de recuperação sem realizar atividades pesadas.
Assim, esse sujeito precisa parar de trabalhar, vai precisar de ajuda de terceiros (amigos, familiares ou profissional), mudando completamente sua rotina.
A importância do psicólogo hospitalar neste exemplo
Com todas essas mudanças, o psicólogo vai auxiliar o paciente a entender sua condição, entender e lidar com suas limitações, auxiliar no processo de recuperação e mais.
Então, inicia o cuidado com sintomas que possam surgir, como estresse, ansiedade, angústias e assim por diante.
Conforme aponta Germana Medeiros, psicóloga do HRC, essa psicologia visa auxiliar o paciente no enfrentamento do processo de adoecimento, de forma mais equilibrada possível.
Além das portas do hospital: o cuidado não termina aqui
Entender a importância do psicólogo hospitalar é parte de um processo amplo, que envolve o cuidado posterior.
Em outras palavras, a atenção quanto a saúde mental não termina quando o paciente sai do hospital. Frequentemente, a recomendação é seguir com o processo terapêutico, principalmente nos quadros de doenças graves e/ou continuidade do tratamento.
No exemplo destacado acima, ao sair do hospital, aquele paciente ainda terá uma série de cuidados, restrições, retornos médicos e mais.
Sendo assim, investir em terapia auxilia no dia-a-dia, quando um novo normal surge na rotina.
Inclusive, o psicólogo hospitalar costuma oferecer um atendimento generalista, voltado para questões imediatas. Dessa forma, é indispensável buscar um profissional para atender as suas demandas específicas.
Uma dica especial é conferir o Chat de Apoio Emocional, onde você pode expressar suas emoções, ter apoio de profissionais qualificados e buscar alívio onde estiver.
Área de atenção e cuidado para familiares/amigos
Conhecendo a importância da psicologia hospitalar, uma questão natural se refere aos familiares e amigos do paciente, principalmente em casos de tratamento longo ou que alteram permanentemente a rotina.
Em síntese, o objetivo é fornecer ferramentas para que esses indivíduos consigam dar o suporte que o paciente precisa.
Assim, aqueles que fazem parte do cotidiano devem ter as informações necessárias para auxiliar com os cuidados, entender as recomendações médicas, ajudar em questões que podem surgir, etc.
Por exemplo, suponha que um paciente idoso que passou por uma cirurgia na bacia vai receber alta.
Neste cenário, o psicólogo hospitalar pode auxiliar os familiares a entender quais são os cuidados diários, dicas de rotina, como será o processo de recuperação, problemas que podem surgir, etc.
Aqui, existem 5 dicas de como pacientes e familiares devem buscar esse atendimento, confira:
- Fale com a equipe do hospital: o primeiro passo é conversar com a equipe do hospital e pedir suporte psicológico;
- Entendendo o caso: antes de tudo, peça auxilia para este profissional para entender qual é o seu caso/do paciente;
- Entrando na questão emocional: além do caso médico, fale sobre as questões emocionais decorrente de toda essa situação;
- Atendimentos: geralmente, os atendimentos ocorrem no leito ou sala especial, veja quantos atendimentos podem ser realizados dentro da unidade;
- Devolutivas: as devolutivas são os atendimentos posteriores, como um retorno. Essas podem ou não acontecer, conforme a necessidade.
Ademais, a recomendação é: procure um profissional qualificado para atendimento personalizado e contínuo.
Mesmo nas melhores clínicas e hospitais, o atendimento psicológico é mais simples e direcionado para a condição médica. Então, mesmo sendo extremamente valiosos, devem ser apenas parte de todo o processo.
Importância do psicólogo hospitalar: 4 benefícios de investir na psicoterapia
Por fim, separamos os principais benefícios de investir na psicoterapia sabendo da importância do psicólogo hospitalar, saindo do âmbito clínico e seguindo para a vida depois dessa condição.
Acompanhando as mudanças
Todas as condições geram alguma mudança no indivíduo.
Mesmo um resfriado, pode fazer você ver que precisa cuidar melhor da sua saúde, por exemplo.
Logo, a terapia visa auxiliar você/paciente e familiares nas mudanças que aconteceram ou vão ocorrer. Com isso, entende o que está acontecendo em uma perspectiva clara, realista e equilibrada, evitando que apenas os aspectos negativos fiquem em pauta.
Assim, ainda que a situação tenha um peso para todos, esse processo ajuda na valorização da vida e daquilo que é valioso, a descobrir mais coisas, etc.
Quebrando e lidando com a rotina
Frequentemente, quando pensamos em tratamentos, cirurgias e outros procedimentos, a principal preocupação do paciente e dos familiares está na condição médica. Logo, quando isso passa, muitos não se preocupam com o que está por vir.
Dessa forma, quando a rotina acontece, com as dificuldades e mudanças, surgem desafios, medos e inseguranças.
O psicólogo vai auxiliar justamente com esse processo de rotina, com as coisas que fogem do superficial, que impactam no dia-a-dia do paciente.
Melhorando a comunicação entre os envolvidos
A importância do psicólogo hospitalar e do psicólogo/terapeuta posterior, está na melhora da comunicação entre amigos, familiares e pacientes.
O que costuma acontecer é que, cada indivíduo tem uma perspectiva daquela situação e isso influencia na maneira como as coisas acontecem. Por exemplo, tem aquele familiar que acha que tudo é drama e o outro que quer fazer tudo para o paciente, mesmo quando ele tem alguma independência.
Então, o processo terapêutico ajuda a tornar essa comunicação mais clara, facilitando na recuperação e evitando conflitos, bem como tédio.
A importância do psicólogo hospitalar e terapeuta nas comorbidades
As comorbidades são caracterizadas por doenças relacionadas que surgem em um indivíduo, associadas a outra condição. Geralmente, agravando o quadro.
Por exemplo, em quadros de estresse, as comorbidades mais comuns incluem a ansiedade, angústia, uso de substâncias (como álcool e remédios), etc.
Já em um quadro clínico, como uma cirurgia, as principais comorbidades são a ansiedade, procrastinação, obesidade, uso de substâncias, depressão e outros.
Então, o objetivo da terapia é prevenir e/ou reduzir os quadros de comorbidade. Inclusive, quando se refere a uma condição crônica, o foco é minimizar os sintomas e ajudar na rotina.
Terapias e pacientes terminais: a importância do cuidado com saúde mental
Por fim, é válido destacar que existem uma série de aspectos quando pensamos em pacientes terminais que merecem a sua atenção.
No geral, há uma série de sentimentos envolvidos. Como o medo, a descrença pelo tratamento, a esperança para que algo aconteça que mude aquela situação e mais.
Dependendo de como tudo acontece, os sentimentos mudam, novas emoções surgem, outras ficam mais profundas e assim por diante. Logo, são situações atípicas, que precisam de um acompanhamento mais próximo.
Assim, é indispensável compreender toda a situação, sem restar dúvidas quanto ao quadro e progressão. Além disso, é preciso ter sensibilidade para lidar com a fragilidade da vida.
Enfim, se este for o seu caso, ou de algum amigo e familiar, a recomendação é focar em um excelente atendimento terapêutico para todos os envolvidos.
Busque suporte emocional e trabalhe nas suas emoções, não espere sintomas ou sinais, e dê a devida atenção a sua saúde mental.
Aqui na Fepo, você encontra profissionais qualificados para oferecer o suporte que você, e seus amigos ou familiares, precisam para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do seu quadro.
Por meio da terapia online, você tem o atendimento que precisa, onde estiver, buscando um caminho mais saudável, respeitando suas características e driblando os pensamentos negativos.