A importância da Saúde Mental e o que pode afetar a sua

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A saúde mental é um tema bastante amplo que traz uma série de perspectivas diferentes à tona. Além disso, com a temática tornando-se mais popular ao longo dos anos, o acesso a informação foi essencial para desmistificar algumas ideias.

Mas a realidade é que ainda existem muitas questões quanto a importância e aquilo capaz de afetar de forma significativa a estabilidade humana.

Saúde Mental

Além disso, a história por trás do assunto demonstra a importância de continuar os estudos, aprender mais e compreender por que tantos pensadores, cientistas e demais profissionais nem sempre conseguem chegar a uma resposta exata.

Dessa forma, chegamos ao momento atual e as verdades que temos, mas, principalmente, a relevância do tema, que deve ser comentado.

Qual é o conceito de saúde mental?

O conceito de saúde mental, segundo a Secretaria da Saúde, se refere a forma como um indivíduo reage as coisas que acontecem na vida. Bem como a capacidade desse indivíduo em trazer equilíbrio entre seus desejos, ambições, ideias e emoções.

Logo, esse tipo de saúde está ligado ao sentir-se bem consigo mesmo, aceitar as exigências que a vida causa e lidar com os obstáculos.

Indo um pouco além, a OMS – Organização Mundial da Saúde, diz que o conceito de saúde mental é: “estado de bem-estar onde o sujeito consegue usar suas habilidades para se recuperar, ser produtivo e dar contribuições a comunidade”.

Neste cenário, quando um paciente é diagnosticado com depressão, por exemplo, sua saúde mental não está em ordem. Afinal, ele não consegue lidar com as adversidades, não tem um estado de bem-estar ou qualidade de vida, não consegue usar suas habilidades ou mesmo ser produtivo.

Por outro lado, a uma linha bastante tênue neste assunto. Já que o ser humano é diverso e não estável. Em outras palavras, esse estado de bem-estar não segue um fluxo exato.

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Em alguns dias, você pode ser capaz de lidar melhor com o estresse e se sentir bem, enquanto que, em outros dias, não é produtivo e tem esse estado prejudicado.

Na ciência, esses momentos de oscilação não podem ser considerados como um desvio ou mesmo como se aquele indivíduo não tivesse saúde mental.

Portanto, não ter essa saúde fala sobre experiências, falta de harmonização, tempo e os prejuízos que isso causa.

Vale destacar que o cuidado precoce e preventivo, com terapia, pode auxiliar nesse processo de bem-estar, evitando recaídas ou debilidades.

História: os pontos mais importantes

Se você gosta do assunto e já pesquisou sobre a loucura, é provável que tenha visto uma série de depoimentos, fatos históricos e aspectos sobre a saúde mental.

Inclusive, essa é uma história antiga, que começa no período neolítico e mesopotâmico com os estudos ancestrais de maldições, possessões demoníacas e espíritos malignos que poderiam ser “retirados” da cabeça.

Entretanto, como destaca Foucault, há três pontos importantes que merecem destaque:

  • Últimos séculos do período medieval e século XVI: com maior liberdade e verdade cientifica;
  • Séculos XVII e XVIII: período da grande internação onde fica evidente o impacto da mente no trabalho e integração social;
  • Época contemporânea: quando a psiquiatria inicia os estudos e cuidados nos asilos.

Em resumo, a história que antes começara com todas as superstições e crenças envolvendo o “bem e mal”, ganha uma perspectiva de compreensão sobre o sujeito.

Logo, esses “loucos” deixam de serem vistos como alienados. Mas passam a ser entendidos como integrantes que não conseguem conviver em sociedade por algum motivo.

Cabe destacar ainda que durante a Grécia Antiga, as pessoas que não tinham saúde mental, os loucos, eram vistos como seres poderosos. Isso porque, existia a cultura de que aquele comportamento era uma manifestação dos deuses.

Inclusive, esses indivíduos eram valorizados sobre alguns aspectos, vistos como uma “ponte” entre o mundo real e as divindades.

Qual a importância da saúde mental?

A importância da saúde mental está relacionada a diversos fatores distintos. como a capacidade de viver em sociedade e cumprir seu papel, até ao equilíbrio para ter qualidade de vida e bem-estar.

Com o início da pandemia do Covid-19, por exemplo, o assunto se tornou uma pauta constante em redes sociais, blogs, sites e na TV.

Durante aquele período de isolamento social, o número de pessoas que apresentaram sintomas de depressão, ansiedade, toque, pânico e outros cresceu. Tudo evidenciando a importância de realmente cuidar da mente, perceber os sinais, viver em sociedade e ter uma harmonização dos desejos, crenças, ambições e ideias.

Mas é importante ir um pouco além disso tudo e considerarmos o impacto do estado mental na vida diária.

Então, sem uma saúde mental equilibrada, o ser humano não consegue viver de forma adequada em sociedade, cumprir com suas tarefas, descansar ou mesmo se divertir.

Imagine, por exemplo, que você passou por alguma situação traumática que abalou o seu estado mental, como uma perda ou acidente.

O problema é que, com todas aquelas emoções, você mal consegue sair de casa, tem crises ansiosas sempre que precisa sair, não consegue manter uma conversa com outras pessoas e se sente continuamente deprimido.

Assim, ao cuidar da sua saúde, você terá maior sensação de bem-estar, felicidade, disciplina, concentração e autoestima. Ao mesmo tempo, funciona como uma ingestão de animo, otimizando aprendizados.

É assim você consegue lidar com as adversidades e realmente viver bem.

O que pode afetar a saúde mental?

A saúde mental pode ser afetada por uma série de coisas distintas. Isso porque, o ser humano está exposto a todo instante a dificuldades e divergências.

Entretanto, nem sempre uma coisa afeta as pessoas de forma semelhante. Isso porque, existe a individualidade.

Basicamente, você percebe coisas de forma diferente dos demais, devido a todas as suas crenças, experiências e hábitos.

Da mesma maneira, algumas coisas podem ter um impacto maior na saúde que outras. O importante aqui é definir que tudo é bastante variável.

Por isso, é essencial respeitar os seus sentimentos, limites, emoções e toda a sua história.

Saúde Mental

Diante disso tudo, separamos alguns hábitos que prejudicam a saúde mental dos seres humanos de forma significativa, mas que nem sempre recebem a atenção que merecem. Confira:

1# Pensamentos negativos

Os pensamentos negativos tem alguma validade, permitindo que você analisa uma situação sob diferentes perspectivas. O problema é que, quando isso se torna recorrente, causa uma série de problemas.

Neste cenário, você pensa apenas no lado negativo das coisas, se preocupa em excesso sem motivo, começa a ter medo e perder a concentração.

Não à toa, eleva as crises de ansiedade, causa picos de estresse e contribui para o desenvolvimento de quadros depressivos.

Da mesma maneira, isso causa uma mentalidade autossabotadora. Em suma, você sempre pensa o pior e para de fazer coisas, conversas com pessoas, aproveitar oportunidades, etc.

Gradativamente, isso compromete sua saúde mental.

2# Saúde mental e o reprimir emoções ou sentimentos

A sociedade mudou drasticamente ao longo da história. Entre essas mudanças, a forma de se relacionar e de falar sobre determinados assuntos também foi alterada.

Pensando nos primeiros pacientes da psicanálise, por exemplo, começou essa ideia de falar. Porém, também surgiram uma série de questões sobre a maneira como isso seria interpretado.

Atualmente, vivemos em uma época de dualidade. Por um lado, mais pessoas sabem a importância da fala e da saúde mental. Por outro, tudo é rápido, existe a ideia de imediatismo e de que, ao falar demais, surge a perspectiva de vitimismo.

Como resultado, muitos internalizam e reprimem as emoções e sentimentos, causando um estresse interno e proporcionando respostas, inclusive físicas.

Exemplo disso são as crises de ansiedade, alergias emocionais, paralisia do sono e insônia, alterações no humor e mais.

Desse modo, é preciso aprender a gerenciar e falar sobre isso. Mas, se você não conseguir conversar de forma segura e harmônica com um familiar ou amigo, procure um terapeuta.

Começar esse processo de externalizar as coisas é o primeiro passo de mudança, até mesmo para perceber coisas que estavam implícitas.

3# Excessos: quando os limites não são respeitados

Uma das grandes realidades que muitos seres humanos não aceitam é que todos possuem um limite. Em alguns casos a linha é mais “curta”, em outros pode se alongar mais.

O melhor exemplo disso é com o trabalho. Você pode conhecer alguém capaz de trabalhar por dez horas seguidas e que, ao terminar, está bem e até sai para se divertir com os amigos.

Em outro lado, pode conhecer alguém que fica exausto após cinco horas de trabalho e precisa ficar o restante do dia em um local calmo e tranquilo, para se recuperar.

No geral, essa diferença pode estar baseada em tipos de pessoas, estilo de vida, tipo de trabalho, condição financeiras e outros ambientes. Bem como a interferência de pessoas na vida.

O problema é que, nem sempre esse limite é respeitado e, quando isso ocorre por algum tempo, provoca um cansaço extremo. Esse cansaço não passa após uma boa noite de sono.

Frequentemente, isso leva a altos níveis de estresse, desistências e até sintomas físicos, como dores de cabeça e problemas estomacais.

Da mesma forma, a saúde mental é agravada aos poucos. Com a ansiedade e os níveis de estresse, aumentam também os sentimentos e pensamentos negativos.

Em alguns casos, isso resulta no esgotamento ocupacional, o Burnout.

Mas, esses excessos podem ocorrer em qualquer esfera da vida. Daí a importância de entender e respeitar seus limites.

4# Outros tópicos que podem afetar sua saúde mental

Por fim, existem uma série de coisas que podem alterar a sua forma de pensar, causando impactos profundos.

Fazer comparações excessivas, por exemplo, pode gerar um looping de negativismo, estresse e ansiedade na busca por um ideal perfeito (que não existe).

Ser perfeccionista ao extremo deixa ainda mais evidente as falhas naturais dos seres humanos. Isso causa não apenas a frustração, mas um desânimo por algo inalcançável.

Outro problema comum é o apego com o passado. Seja com histórias, acontecimentos ou mesmo pessoas.

Muitas vezes, esse apego, faz com que você não veja o potencial do seu futuro ou mesmo as conquistas do presente. Ao remoer o que já aconteceu, você alimenta mágoas antigas, sentimentos ruins, coisas que não podem ser alteradas e mais.

Como cuidar da sua saúde mental

O cuidado com a saúde mental engloba a vida completa de um sujeito.

Por isso, o primeiro passo é entender que existe um problema, para começar a buscar soluções que sejam eficazes para o seu quadro.

Saúde Mental

A recomendação é começar cuidando da saúde física, para identificar possíveis doenças ou alterações.

Além disso, comece um cuidado com a sua saúde psicológica através de profissionais qualificados.

Com esses dois pilares, a mudança começa em todos os setores da vida. Logo, é recomendável a definição de uma rotina, prática física, melhora na alimentação, sono de qualidade, horários diários de lazer e controle maior do tempo online.

Para começar tudo isso, venha conhecer a Fepo, o espaço de terapia online com profissionais especializados para atender você onde estiver.

Teoria da Colher

A Teoria da Colher foi idealizada por Christine Miserandino. Inicialmente, foi a maneira que ela encontrou para mostrar a uma amiga como era viver com Lúpus.

Rapidamente, essa teoria ganhou espaço, permitindo que outras coisas fossem expressas e compreendidas mais facilmente. 

Em resumo, cada indivíduo possui um número de colheres e, cada colher, é um ponto de energia. Existem aqueles que tem um estoque ilimitado de colheres. Mas existem aqueles com uma quantidade limitada.

Uma pessoa com colheres ilimitadas, geralmente, é aquela saudável física e mentalmente. Então, ela acorda, toma café, faz todos os seus afazeres, sai em algumas noites e assim por diante. Ou seja, ela é capaz de organizar tudo isso, fazer coisas no automático e não ter maiores sofrimentos.

Já uma pessoa com um número limitado de colheres, como quem tem uma dor crônica, doenças e saúde mental debilitada, não consegue manter esse mesmo ritmo.

No segundo caso, a cada atividade, mais colheres saem do “nível de energia”, mesmo as coisas que parecem simples, como escovar os dentes. Logo, se ela usa todas as colheres do dia até as seis da tarde, não tem qualquer ânimo ou energia a noite.

A Teoria da Colher também fala que existem diversos fatores associados a essa quantidade de energia. Como estabilidade financeira, ambiente confortável, segurança, equilíbrio emocional, etc.

O mais importante aqui é considerar que, cada indivíduo é único, até nos seus níveis de energia. Então, é importante respeitar e encontrar formas de melhorar neste aspecto, sempre lidando com o que pode ser lidado.

Organização Mundial da Saúde: problemas de saúde mental e bem-estar

As doenças mentais são um tópico importante para a Organização Mundial de Saúde e no Brasil não é diferente. Através do Ministério da Saúde e por meio de políticas de saúde pública foi criado Rede de Atenção Psicossocial para atender quem precisa de suporte para questões relacionadas a doença mental.

Faz parte dos direitos humanos receber tratamento digno para quem sofre de algum transtorno mental, dependência química. Apesar de praticar atividade física ou meditação ajudar a aliviar uma crise, deve ser apenas práticas acessórias e o tratamento com médico especializado é primordial porque ele possui as estratégias e e conhece as ações necessárias de acordo com os sinais dos transtornos. Entre em contato com o sistema de saúde da sua região por telefone ou e-mail para saber o que podem fazer por você.

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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