A gastrite nervosa é uma variação da gastrite. Sendo assim, trata-se de uma condição física ligada a fatores emocionais, sendo possível alcançar a cura se o tratamento ocorrer de forma correta e eficaz.
Neste cenário, é importante destacar que essa condição afeta o revestimento do estômago, causando um processo inflamatório. Além disso, trata-se de uma situação que pode ocorrer por períodos curtos, como dias, ou ser crônica. Durante semanas ou meses.
Por ter esse aspecto físico e emocional, a gastrite causa uma série de alterações na rotina, provocando um sofrimento psíquico. Ao mesmo tempo, o tratamento só é eficaz quando o processo envolve atendimentos clínicos voltados para a saúde mental.
O que é gastrite nervosa?
A princípio, vamos entender exatamente o que é a gastrite.
Em resumo, é uma inflamação que acontece no revestimento dos tecidos estomacais, chamados de mucosas. Quando surge de repente é chamada de aguda. Mas também pode ser crônica, quando ocorre por períodos mais longos sem o devido tratamento.
Assim, provoca uma série de sintomas típicos. Com destaque para a dor a sensação de azia, fora uma queimação forte, que parece nunca passar.
No caso da gastrite nervosa, não há inflamação nas mucosas. Justamente por isso, o nome de nervosa: por causar os sintomas, ter relação com o emocional, mas não a prevalência da causa física característica.
Os casos mais clássicos incluem um inchaço na região do abdômen e uma sensação de que está sempre “cheio” e que “aquilo não caiu bem”.
Esse tipo de gastrite também é chamado de dispepsia funcional. Sendo importante lembrar que a cura.
Neste cenário, o termo “nervosa” se refere a principal causa dessa gastrite, que seria relacionado a ansiedade, estresse e mais fatores.
É importante dizer que, mesmo com esse fator, a gastrite é considerada como uma condição física.
Como diferenciar gastrite nervosa e não nervosa?
Por ter sintomas semelhantes, muitos pacientes têm dúvidas quanto ao que fazer e qual tratamento seguir. Sendo um dos empecilhos que podem tornar o quadro crônico.
Em outras palavras, muitos indivíduos que têm a gastrite nervosa segue um tratamento tradicional, de um quadro de inflamação. Quando isso acontece, a causa da questão não é tratada. Logo, o resultado não é efetivo e muitos não notam melhora ou apenas uma sutil variação nos sintomas.
Ao mesmo tempo, é importante destacar que emoções positivas e negativas são naturais. Da mesma maneira que não dá para se prevenir de todos os obstáculos. Tudo isso é natural e vai acontecer, cabendo a você descobrir formas de lidar com as situações, consequências e sentimentos.
Geralmente, isso tudo fica mais evidente quando envolve o processo de luto.
Isso quer dizer que o fator pode ou não ser evidente, cabendo ao profissional de saúde solicitar exames e análises.
Os principais exames para conferir a mucosa, para avaliar se há inflamação, é a endoscopia digestiva. Com ele, é possível verificar o quadro interno e então seguir com o melhor tratamento.
Quais são os sintomas de uma gastrite nervosa?
Conhecer os sintomas da gastrite nervosa pode ser a melhor maneira de entender o que exatamente está acontecendo com a sua saúde.
A partir disso, é importante que você não observe apenas situações e sensações isoladas, mas avalie como se sente de maneira geral, mantendo a sua rotina.
Por exemplo, é quase natural sentir queimação e azia após consumir um excesso de alimentos gordurosos. Como lanches, pizzas ou outros. Geralmente, esses alimentos são acompanhados de refrigerantes, o que causam o inchaço abdominal, gases e outros desconfortos.
Então, os sintomas que você deve notar incluem:
- Dores estomacais, principalmente em forma de pontadas;
- Azia;
- Sensação de que o estômago está cheio;
- Enjoos e vômitos sem justificativa;
- Inchaço abdominal;
- Dores na região da barriga;
- Aumento nos arrotos;
- Excesso de gases;
- Alterações no apetite, geralmente perda de fome;
- Dores de cabeça;
- Problemas para evacuar;
- Sensação de mal-estar em geral;
- Problemas na digestão.
A maioria dos pacientes relata alguns outros sintomas. Como baixa concentração e energia, sensação de sonolência, alterações no quadro do sono, etc. Isso acontece pela má digestão e demais sintomas.
Por exemplo, ao sentir desconfortos estomacais e parar de se alimentar bem, isso pode reduzir a glicose no sangue, bem como a ingestão de vitaminas. Com isso, pode apresentar um rebaixamento nos níveis de concentração, aumento de estresse e mais.
O que causa gastrite nervosa?
A gastrite inflamatória costuma ter duas causas: a presença de uma bactéria que consegue passar pela parede estomacal. Sendo transmitida por água/alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa. Ou pelo consumo excessivo de substâncias. Como álcool, drogas, esteroides e remédios.
Já a gastrite nervosa tem causas emocionais.
Isso significa que além de não haver a inflamação, o desenvolvimento dos sintomas é decorrente de emoções e sentimentos. Na maioria das vezes, os principais causadores são o estresse, nervosismo, crises ansiosas, pressão social/pessoal ou outras doenças de cunho mental.
Prevenção e tratamento
A prevenção da gastrite nervosa se dá antes que o quadro seja estabelecido. Mas, como se trata de uma questão emocional, é preciso considerar alguns pilares principais. Como:
- Alimentação;
- Atividade física;
- Controle emocional.
Inclusive, também são esses os pilares para o tratamento da gastrite, seja inflamatória ou nervosa, já que auxiliam a tratar as sensações físicas.
Alimentação
A alimentação de um paciente com gastrite deve ser saudável e balanceada, evitando alimentos que provocam os sintomas característicos do quadro. Como enjoos, náuseas e mais.
Logo, o primeiro passo é cuidar desse aspecto, escolhendo boas opções para o seu cardápio. Como frutas, oleaginosas, vegetais e alimentos ricos em proteínas.
Por outro lado, é essencial evitar alimentos ricos em gorduras e açúcares, como processados, frituras e alimentos congelados. Também é indicado evitar o consumo de bebidas gaseificadas, como refrigerantes.
A alimentação também envolve mastigar bem os alimentos antes de engolir, comer com calma e evitar períodos de jejum. A recomendação é seguir uma rotina, comendo a cada três horas, em média.
Atividade física
A atividade física consegue trazer mais equilíbrio para a mente e corpo. Por um lado, fortalece os músculos e evita problemas decorrentes do sedentarismo. Por outro, controla os picos hormonais, de estresse e ansiedade.
Com isso, ajuda a evitar as crises que podem causar a gastrite ou agravar o quadro.
A longo prazo, as atividades também proporcionam prazer e estabilidade, alívio e reduz o uso de medicamentos, que também são prejudiciais para o estômago.
Controle emocional
O terceiro pilar de tratamento e prevenção da gastrite é o controle emocional.
Porém, não se trata apenas de mudar alguns hábitos ou mesmo de testar pratos diferentes. É preciso entender o que tem exatamente elevado os níveis emocionais ao ponto de gerar esses sintomas.
Em seguida, é preciso descobrir formas de controlar esses aspectos, para ter uma vida mais tranquila.
Logo, é importante iniciar um processo terapêutico, entendendo as causas e descobrindo meios saudáveis de seguir com um tratamento eficaz.
De qualquer maneira, é importante destacar que a gastrite nervosa tem cura. Mas o tratamento deve ser seguido cuidadosamente, a longo prazo.
Sabemos que manter o controle emocional não é nada fácil. Existem diversas questões que influenciam no humor, nas emoções, percepções e em outros aspectos. Por isso, temos uma equipe de profissionais altamente qualificados que podem te ajudar em todas as suas questões.
O que é bom para gastrite nervosa?
Se você tem dúvidas sobre o quadro e não sabe exatamente o que fazer para otimizar o tratamento e garantir uma melhora nas sensações, é importante entender o que é bom para a gastrite nervosa.
Assim, algumas frutas são mais benéficas que outras. Como a maçã, goiaba, banana e laranja-lima. Além disso, o ideal é escolher carnes brancas, como peixes e frango.
Outros alimentos que auxiliam na digestão incluem o suco verde, gengibre, cereais, leite desnatado, iogurtes, azeite e frutas vermelhas.
Também é indicado começar a praticar exercícios capazes de provocar relaxamento mental e estimular a respiração. Como pilates, meditação e yoga. Mas você também pode optar por outras atividades, contanto que sejam relaxantes.
A medicina alternativa também está repleta de vantagens, principalmente para reduzir o estresse. Dentre elas, podemos citar a acupuntura e a auriculoterapia.
Mas o essencial é livrar-se dos vícios que prejudicam o funcionamento estomacal. Como o tabaco, álcool, refrigerantes, etc. Da mesma maneira, não tome medicamentos sem recomendação médica, mesmo aqueles de uso livre, comprados sem receita nas farmácias.
Alguns chás também podem auxiliar na digestão, como o de camomila, hortelã, erva-doce e melissa. Porém, é interessante consumir após as refeições, nunca de estômago vazio.
Mas, se surgirem dúvidas ou outros sintomas, converse com o seu médico e suspenda o consumo dos chás.
Gastrite Nervosa: principais dúvidas
O leite piora o quadro?
O leite muitas vezes é visto como vilão da alimentação. Ainda que tenha minerais e vitaminas essenciais.
Inclusive, o leite pode auxiliar a reduzir os sintomas do quadro, principalmente a azia e o desconforto abdominal. Porém, nos casos de inflamação na mucosa, é preciso ter cuidado.
No geral, a recomendação é nunca consumir o leite logo ao acordar e optar por depois de alguma rejeição.
Chiclete piora a gastrite?
A gastrite nervosa não é impactada diretamente pelo chiclete. Salvo quando o consumo da goma é decorrente de estresse e ansiedade. Nesses casos há uma correlação dos fatos.
Entretanto, a gastrite inflamatória pode ser agravada pelo chiclete.
Isso acontece porque o ato de mascar envia uma mensagem para o cérebro de que ele deveria produzir suco gástrico. Porém, como o alimento não chega para ser digerido, as mucosas são afetadas. O mesmo vale para as balas.
Tenho gastrite nervosa, posso tomar alimentos/bebidas com cafeína?
A cafeína é um dos estimulantes mais conhecidos e consumidos na rotina. Presente no café, refrigerantes e mais.
Porém, pode incentivar a produção de um ácido no estômago, elevando os sintomas, principalmente a azia.
Justamente por isso, não é recomendada para consumo.
Gastrite pode causar câncer?
A gastrite inflamatória tem como causa principal, também usado para diagnóstico, a inflamação da parede do estômago.
Como resultado, o não tratamento pode agravar o quadro, levando ao desenvolvimento de um câncer. Claro que isso pode demorar anos para ocorrer, entretanto, é uma possibilidade.
Justamente por isso, é tão importante perceber os sintomas e procurar suporte médico.
O jejum piora o quadro de gastrite nervosa?
O jejum não é um tratamento. Essa é a primeira informação que você deve considerar.
Principalmente aliado aos transtornos alimentares, depressão e ansiedade, o jejum pode surgir como uma “solução milagrosa”. Entretanto, acaba agravando o problema sem que você consiga perceber isso rapidamente.
Dessa forma, o jejum é capaz de elevar os níveis de estresse, causar desconfortos abdominais por fome, alterar a produção do suco gástrico (essencial para a digestão), causar ansiedade ou mesmo provocar alterações na forma de se alimentar.
Não é incomum que aqueles que passam horas sem se alimentar, acabam comendo qualquer coisa que encontrarem, o que inclui salgadinhos e outros industrializados, fast food e comidas congeladas. Assim, prejudica o pilar de tratamento.
Portanto, o jejum piora o quadro e não deve ser praticado.
A gastrite é hereditária
Um dos principais mitos sobre a gastrite é que ela é hereditária. Acontece que, muitas famílias vivem sob um grande pico de estresse e, como resultados, vários membros podem desencadear a doença.
Assim, a gastrite não é passada de geração em geração. Nem nos quadros inflamatórios, nem no quadro nervoso.
A gastrite pode causar uma úlcera?
A gastrite pode causar uma úlcera nos quadros inflamatórios.
Isso acontece porque esse quadro faz com que as paredes estomacais fiquem cada vez mais frágeis. Com isso, pode chegar a uma erosão, ou seja, ao desenvolvimento de uma úlcera.
Na maioria das vezes, os pacientes que apresentam essa complicação são aqueles que não seguiram com o tratamento ou abusam de substâncias nocivas. Como álcool, drogas, remédios e mais.
Vale destacar que isso significa que é preciso ter atenção ao quadro e seguir com todo o tratamento. Incluindo as medicações receitadas pelo médico.
Em todo caso, sempre converse com aqueles que acompanham o seu caso, converse com o seu psicólogo e foque em ter uma vida mais tranquila, saudável e equilibrada. Aqui na Fepo, esperamos que você tenha o controle que está buscando.