Fobias são transtornos caracterizados por medo exagerado ou irracional de alguma coisa ou de alguma situação. As fobias são de diversos tipos e podem afetar muitas pessoas. Uma delas, chamada tripofobia, se define pela aversão a padrões de buracos. Você já ouviu falar de tripofobia?
Neste texto, vamos explicar um pouco sobre essa fobia, quais são os seus sintomas e quais as formas de tratamento!
O que é tripofobia?
A palavra “tripofobia” vem do grego e significa “medo de buracos”. Quem sofre desse transtorno se sente extremamente desconfortável ao ver saliências sólidas ou buracos aglomerados. É o padrão dos buracos agrupados que causa o mal estar em um tripofóbico.
Os exemplos de padrões mais comuns que causam nojo, aversão ou medo são favos de mel, bolhas, corais, a vagem de sementes da flor-de-lótus, crustáceos que possuem o corpo com orifícios reunidos, manchas de pele – tanto de pessoas quanto de insetos – plantas e madeiras com furos ou padronagens, pingos de água.
Mesmo sendo uma fobia relativamente comum e que afeta um número abrangente de pessoas, a tripofobia ainda não é considerada oficialmente um transtorno pelo DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).
Apesar disso, os poucos estudos científicos publicados mais recentemente possuem uma teoria para a causa da tripofobia e ela teria embasamento biológico. Por causa do processo evolutivo, o cérebro humano naturalmente poderia ter criado um mecanismo de repulsa a coisas ou situações que apresentem ameaça.
Como muitos insetos, parasitas e plantas que possuem orifícios reunidos e superfícies agrupadas de forma semelhante, o cérebro instintivamente pode associar esses padrões com algo que deve ser evitado em nome da sobrevivência da espécie. Ainda é preciso mais estudos nesse sentido, mas essa é uma teoria interessante, não?
Quais os sintomas da tripofobia?
É através dos relatos de pessoas que sofrem desse medo que conseguimos listar os principais sintomas causados pela tripofobia. Muitos dos sintomas se assemelham a uma crise de ansiedade, por isso é importante investigar e ficar atento.
Você conhece alguém que parece sofrer desse mal? Fique de olho aos seguintes sinais:
- Tremores e arrepios pelo corpo;
- Mal estar generalizado;
- Náusea ou enjôo sem motivo aparente;
- Suor excessivo;
- Sensibilidade nas mãos e pés e vontade involuntária de contrair esses membros;
- Angústia;
- Formigamentos pelo corpo;
- Coceiras;
- Visão embaçada;
- Vontade repentina de chorar;
- Frequência cardíaca acelerada.
Nos casos mais graves ou extremos, quando a pessoa com tripofobia é muito afetada por uma situação ou objeto, podem ocorrer desmaios e um início de ataque de pânico. Nesses momentos, o indicado é procurar auxílio médico.
O que pode causar a tripofobia?
Como comentamos anteriormente, a tripofobia ainda é muito pouco estudada. O que sabemos, até hoje, é que esta fobia pode ser um resquício de uma resposta evolutiva biológica do organismo para que evitemos ter contato com agentes patológicos.
Conforme as pesquisas realizadas, quem sofre desse transtorno associa de maneira completamente inconsciente objetos com padrões regulares – como aqueles produzidos na natureza – a alguma situação de perigo. Um exemplo interessante de tripofobia é o sentimento de aversão e medo a buracos padronizados que lembram a pele de animais peçonhentos (como cobras).
A pessoa que possui tripofobia, ao se deparar com uma situação ou objeto que envolva buracos ou padronagens, acaba não sendo capaz de distinguir de forma consciente se realmente existe algum perigo ou não.
É por esse motivo que a tripofobia é considerada um transtorno (mesmo que não oficializado): a partir de um reflexo inconsciente decorre uma reação que foge completamente ao nosso controle.
A tripofobia tem tratamento?
Como essa fobia ainda não é oficialmente reconhecida pela comunidade médica, seu tratamento também não possui orientações estritamente específicas. Entretanto, algumas formas de amenizar e tratar o problema já são um consenso.
Antes de mais nada, alinhar diferentes tratamentos parece ser o melhor meio de diminuir os sintomas da tripofobia. A maioria dos pacientes afetados por esse transtorno que procura tratamento, acaba sendo tratado com técnicas distintas que se ajudam mutuamente. As principais delas são:
- Terapia gradual de exposição
Esta técnica consiste em expor a pessoa afetada às imagens que causam repulsa, medo ou aflição. Isso é feito, claro, de modo gradual e direcionado! O objetivo é fazer com que o paciente aprenda a controlar seus instintos de medo e rejeição, de forma a mudar sua resposta àquele estímulo.
Esse método apenas pode ser feito por um profissional habilitado da área da saúde, de preferência um psicólogo ou psiquiatra.
- Exercícios físicos e de relaxamento
Aqui, o que se busca é melhorar a qualidade de vida e o bem estar do paciente através da diminuição do estresse e da liberação de endorfina e serotonina. Nada melhor que entrar em forma, relaxar e ainda lidar melhor com suas fobias, não?
- Medicação
A medicação também pode ser uma alternativa no tratamento de tripofobia. Os principais medicamentos indicados são os antidepressivos e os ansiolíticos, remédios controlados que amenizam os sintomas mais graves de ansiedade. Mas lembre-se: todo medicamento só pode ser receitado por um psiquiatra habilitado!
- Psicoterapia
É através da psicoterapia que você aprende a lidar melhor com suas ansiedades e seus medos. Uma conversa franca com um psicólogo é a melhor forma de diminuir crises de ansiedade e descobrir modos de burlar os gatilhos da tripofobia.
Como é feito o diagnóstico da tripofobia?
O diagnóstico da tripofobia deve ser realizado apenas por profissionais da área da saúde que sejam habilitados, como psicólogos, terapeutas e psiquiatras. Estes profissionais vão avaliar seus sintomas – um a um – e analisar se seu medo, pânico e repulsa advém de uma resposta irracional a padrões e buracos.
Se você acha que pode estar sofrendo de tripofobia ou conhece alguém que passa por isso, não deixe de procurar ajuda! Apesar desse transtorno frequentemente apresentar sintomas leves, em alguns casos o impacto na qualidade de vida gera frustrações e desconforto.
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