Entender quando a obsessão se torna um problema é trazer um assunto superimportante para a luz. Afinal, nem sempre o tema é apresentado de forma clara, causando sofrimento entre os envolvidos.
Diante disso, o objetivo desse post é mostrar o conceito, bem como aspectos no que se refere a impactos no cotidiano, problemática nas relações e emoções, e mais.
No geral, vale dizer que a maior parte dos desafios surgem quando há um excesso, uma frequência que muda negativamente a sua rotina, afeta suas emoções e sentimentos, prejudica suas relações ou mesmo convívio social.
Entenda!
O que é uma obsessão?
A princípio, segundo o dicionário, obsessão é uma “motivação irresistível para realizar uma compulsão ou ato irracional” ou um “apego exagerado a um sentimento ou ideia”.
Dessa forma, refere-se a uma condição mental que envolve pensamentos intrusivos e involuntários que se prolongam. Logo, são ideias fixas, que provocam você – já que não consegue se livrar disso.
É importante destacar que existem situações que podem causar um tipo de obsessão temporária, sem prejudicar efetivamente a sua vida.
Por exemplo, se tem uma prova importante para fazer, pode ficar com essa ideia fixa, causando picos de estresse e ansiedade, alterando sua rotina e assim por diante. Porém, tudo isso é voltado para os estudos e isso acaba passando.
Entretanto, quando essas ideias fixas começam a causar sofrimento mental ou emocional, causam um estado de sobrecarga e causam outros problemas, é preciso atenção.
Geralmente, essa compulsão em relação a algo ou alguém causa pensamentos e imagens que estão sempre invadindo a sua mente. E você não consegue desfocar ou continuar com a sua vida normalmente.
Então, a única maneira de “aliviar” essa obsessão (principalmente a ansiedade provocada) é por meio de atos repetitivos. Esses ocupam tempo, prejudicam seus relacionamentos, vida, trabalho e assim por diante. Podendo ocasionar o TOC.
Qual a causa dessa condição?
As causas da obsessão são, no mínimo, variáveis.
Isso por envolver questões ambientais, genéticas, psicológicas e até biológicas. Por exemplo, um indivíduo que trabalha com germes, tem maiores chances de desenvolver uma obsessão relacionada a limpeza.
Além disso, há pesquisas que mostram uma relação entre alterações cerebrais, pré-disposição genética, infeções e traumas, entre outras questões que influenciam na compulsão.
Justamente por isso, se você tem um histórico de transtornos de ansiedade, TOC, acontecimentos traumáticos e outros, é essencial ter cuidado.
Quando a obsessão se torna um problema – Sintomas
Aqui na Fepo, sempre destacamos sintomas de forma clara, uma forma de mostrar como exatamente aquela condição afeta a sua vida, ou das pessoas que tem contato com você.
Logo, os principais sintomas envolvem pensamentos intrusivos, involuntários e obsessivos.
Há condições específicas com obsessões, como a acrofobia, que é o medo irracional de altura. Algumas pessoas têm medo de entrar em elevadores ou mesmo de subir pequenas escadas.
Simultaneamente, destacamos as ideias fixas como um sintoma clássico. Ou seja, quando você não consegue se livrar daquela ideia, tem um hiperfoco naquela ideia e mais.
Vale dizer que em um momento de crise, é comum que você tenha picos de estresse, sintomas ansiosos e, em alguns casos, quadros de pânico. Por isso, é essencial buscar um tratamento de qualidade.
Confira alguns pontos de atenção:
- Avalie como a obsessão interfere nas suas atividades diárias: se a obsessão está atrapalhando suas rotinas normais, como trabalho, estudos ou relacionamentos;
- Sentimentos ansiosos ou de angústia: veja se a obsessão está causando sentimentos intensos de ansiedade, medo, culpa ou tristeza;
- As obsessões são persistentes e difíceis de controlar: se você está constantemente tendo pensamentos intrusivos e repetitivos que não consegue controlar;
- Comportamentos compulsivos: se você sente a necessidade de realizar certos comportamentos repetitivos em resposta às suas obsessões, mesmo que ainda nõ isso pode ser um sinal de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), e um terapeuta pode ajudar a desenvolver estratégias para lidar com esses comportamentos.
- Prejuízo significativo na qualidade de vida: Se a obsessão está causando um prejuízo significativo em sua qualidade de vida, seja no trabalho, nos relacionamentos ou na saúde mental, pode ser útil procurar a ajuda de um terapeuta.
Amores obsessivos: reconheça essa situação
Sabendo qual o conceito dessa condição, chegamos ao tema de amores obsessivos. Inclusive, é um assunto frequentemente abordado em livros, séries, filmes e outras produções.
Neste cenário, essa ideia fixa é direcionada para uma pessoa, o motivo daquele “afeto” e muitos confundem isso com “amar demais”, por ser uma emoção extremamente forte. O problema é que isso provoca inseguranças e até dependência.
Frequentemente, os primeiros sinais de problema incluem:
- Vontade excessiva de estar com a pessoa a todo instante;
- Insegurança na relação, principalmente com sentimentos de inferioridade – muitos acreditam que serão “trocados” a qualquer momento;
- Toda a felicidade depende do outro, gerando tristeza quando não tem essa companhia;
- Ciúmes excessivo e incoerente – por exemplo, direcionada a chefes, atendentes e mais;
- Crises de ansiedade, estresse e irritabilidade;
- Exagero de praticamente todas as reações;
- Sensação de precisar sanar todas as necessidades do outro, etc.
É importante destacar que essa obsessão é egoísta. Isso por você considerar que o outro tem que agir da mesma maneira, sem avaliar os sentimentos e individualidades do sujeito.
Ao mesmo tempo, isso provoca brigas constantes, desenvolvendo um ciclo nocivo para ambos.
Geralmente, os amores obsessivos são resultantes de fragilidades emocionais e quadros psicológicos. Ou seja, pessoas ansiosas, depressivas, que tem Síndrome do Pânico ou experiências anteriores problemáticas, tem maiores chances de ter esse tipo de relação.
Essa não é uma regra, mas há uma relação entre essas situações.
Os impactos da obsessão na sua vida
As obsessões impactam na sua vida de diversas maneiras e em todos os setores, ou seja, causam prejuízos como um todo. No físico, emocional e mais, veja:
- Prejuízo à saúde mental: a obsessão causa altos níveis de estresse, ansiedade e depressão, afetando negativamente a saúde mental e causando uma desestabilização.
- Problemas de saúde física: todo o estresse crônico causado pela obsessão leva a uma série de problemas de saúde física. Como dores de cabeça, problemas digestivos e enfraquecimento do sistema imunológico.
- Problemas nos relacionamentos: as obsessões consumem tanto tempo e energia que prejudica seus relacionamentos pessoais, sociais e profissionais, causando conflitos e isolamento social.
- Prejuízos de desempenho no trabalho ou estudos: uma obsessão dificulta a concentração/foco e o desempenho no trabalho ou nos estudos, levando a problemas de produtividade.
- Impacto financeiro: a busca incessante por algo costuma levar a gastos excessivos e irresponsáveis, causando problemas financeiros.
- Isolamento social: enfim, a obsessão pode levar a um isolamento social. Já que você começa a se concentrar exclusivamente em seu objeto de obsessão, negligenciando demais relacionamentos e atividades.
Qual a diferença entre obsessão e TOC?
Muitos pacientes entendem que uma condição, por causar um sintoma semelhante a um transtorno, entram no mesmo quadro. Porém, é preciso ter cuidado.
Em síntese, apenas um profissional qualificado auxilia você nessa distinção, compreendendo toda a sua condição e garantindo o melhor tratamento.
Assim, uma obsessão é um pensamento, impulso ou imagem indesejados e persistentes. Esses causam ansiedade ou desconforto significativos. Já o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) tem as obsessões como um dos principais sintomas e são frequentemente acompanhadas de compulsões.
Vale dizer que as compulsões são comportamentos repetitivos, podendo ser atos mentais/pensamentos que você se sente obrigado a realizar. Já que é esse ato de repetição que reduz a ansiedade ou prevenir algum evento indesejado.
Por exemplo, tem pessoas que só se sentem seguras em casa após conferir por um número x de vezes se as portas e janelas estão fechadas.
Portanto, a principal diferença entre uma obsessão e o TOC é que no TOC as obsessões são acompanhadas de compulsões.
Uma pessoa com uma simples obsessão pode ter apenas os pensamentos intrusivos e desagradáveis, enquanto alguém com TOC terá esses pensamentos juntamente com comportamentos compulsivos que buscam aliviar a ansiedade associada às obsessões.
Quando a obsessão se torna um problema – Tratamento
O tratamento para as obsessões é baseado em suporte psicológico. Isso por ser necessário entender a causa, sintomas e as consequência que essa condição provoca.
Por tomar conta do cotidiano, alterando a rotina e demais áreas da vida, o foco é trazer compreensão, regulação e estabilidade.
Assim, a psicoterapia auxilia nesse processo, trazendo uma mudança efetiva e gradual, de acordo com as suas necessidades. Geralmente, inicia-se com uma contenção de danos, para entender e reduzir os sintomas, além de buscar a origem do problema.
Dessa forma, você alcança uma vida mais equilibrada e feliz, com comportamentos mais saudáveis. Um profissional de saúde mental oferece suporte e orientação para lidar com essa questão de forma saudável e construtiva.
Existem algumas abordagens que podem ser usadas na psicoterapia. Como medicações para redução de sintomas, terapia de exposição e prevenção de resposta, entre outros. Porém, tudo depende de cada caso.
Simultaneamente, há terapias complementares interessantes. Como meditação, yoga, sessões de aconselhamento e mudanças na rotina. Como alimentação mais saudável e prática de atividades físicas.
Por fim, depois de entender quando a obsessão se torna um problema, a Fepo convida você a conferir mais posts exclusivos aqui no blog ou agendar a sua consulta. Inclusive, se quiser um suporte rápido, confira o Chat de Apoio.