Veja como curar uma tristeza profunda

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A tristeza profunda costuma ser definida como uma dor na alma. Uma forma de mostrar o quanto aquilo é intenso e interno, como uma “coisa” que vem de dentro e que, nem sempre, tem uma justificativa clara.

Da mesma maneira, esse sentimento tem como motivo aparente depressão e ansiedade, mas passou a ser banalizado na atualidade, como se fosse algo natural ou mesmo esperado.

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Não à toa, é possível ver uma cultura sobre o assunto. Onde muitos acreditam que apenas artistas tristes realmente dão o melhor de si e criam suas obras-primas até a questão de que adolescentes tristes querem “chamar a atenção” ou que isso não existe na infância.

A partir disso, é essencial entender exatamente o que é essa dor, bem como os primeiros passos para alcançar a sua cura.

O que é a tristeza profunda?

A tristeza é um dos sentimentos mais confusos que o ser humano pode ter e, quanto maior e mais profunda essa emoção, maiores são os pensamentos e sentimentos atreladas a ela.

Da mesma forma, pode causar uma série de reações distintas, como choros, desânimo, falta de energia, dores musculares, sono e assim por diante.

Na prática, a tristeza provoca uma reação orgânica marcada pelo rebaixamento de energia. O resultado é que você passa a fazer o mínimo possível, estreitando relações, conversas, evitando qualquer coisa que requer grandes movimentos e assim por diante.

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Logo, é comum que ao sentir essa dor na alma, você só queira ficar sozinho, preferencialmente em um local confortável, escuro e sem barulho.

Neste aspecto, tudo ligado a tristeza é estudado há anos, inclusive com obras que estudam o tema ao longo da história, como o livro A tinta da melancolia.

Mas afinal, o que é a tristeza na alma?

Em termos simples, a tristeza profunda é um sentimento natural do ser humano e que aparece associado de algum outro fator.

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Assim, somos formados por seis emoções:

  • Tristeza;
  • Alegria;
  • Nojo;
  • Raiva;
  • Medo;
  • Surpresa.

A partir dessas emoções, há mistos que formam outras, como acontece em uma crise de ansiedade, quando há surpresa, medo, insegurança e muitos outros sentimentos que atuam em conjunto.

Sendo assim, logo que nascemos, todas as emoções são mais intensas por serem uma novidade, é o primeiro contato com tudo o que acontece a nossa volta, com as pessoas e até com experiências, isso é normal.

Lembrando que crianças também podem ter uma tristeza profunda e transtornos, como a depressão.

Já na vida adulta, com todos os aprendizados, isso fica mais simples e, geralmente, mais leve.

Imagine, por exemplo, que você foi em um zoológico quando era criança e ficou com medo de visitar o aquário, mas adora o lugar quando adulto.

Assim, a tristeza profunda é uma emoção que pode surgir em qualquer idade e que, quase sempre, está relacionada a uma perda ou uma situação muito ruim e irreversível.

E justamente por isso, é um quadro superintenso que, em alguns casos, pode paralisar o indivíduo e até fazê-lo questionar sobre toda a vida que tem.

Cabe destacar que algumas pessoas podem ser mais sensíveis que outras por diversas causas e, em momentos muito difíceis, podem entrar em um quadro mais problemático.

Mas, de qualquer maneira, é essencial que você cuide da sua saúde mental todos os dias, principalmente quando surgirem incertezas, medos e sentimentos de tristeza que parecem que nunca mais vão embora. Por isso, a Fepo conta com os melhores profissionais para te atender online, em um clique.

Como identificar a tristeza profunda?

A tristeza profunda não é um quadro depressivo, mas pode contribuir para o desenvolvimento do transtorno. Daí a importância do cuidado.

Dessa forma, os sintomas mais comuns incluem a sensação de solidão, culpa, cansaço e angústia. Muitos relatam um “aperto no peito” ou uma dor interna que está sempre incomodando.

Frequentemente, esses indivíduos falam sobre uma dor tão profunda e intensa que parece apertar os músculos e ossos, onde nenhum remédio surte efeito.

Ao mesmo tempo, existem alguns outros sinais importantes que você pode notar, como:

  • Sensação de pouca energia acompanhado de cansaço ou lentidão;
  • Redução na produtividade diárias, muitas vezes atrasando ou abandonando tarefas;
  • Alterações no peso e/ou apetite;
  • Baixa autoestima;
  • Pensamentos negativos;
  • Aumento na fragilidade emocional;
  • Insatisfação pessoal;
  • Perda gradual do interesse ou o ato de deixar de fazer por requerer muita energia;
  • Alterações no sono, seja hipersonia (dormir muito) ou insônia;
  • Explosões de raiva, bem como de culpa por esse ato.

Muitas vezes, você começa a ficar mais sensível, evitando tudo aquilo que faça você sair do lugar. Por exemplo, você deixa de ir em um jantar porque vai precisar gastar horas se arrumando, prefere dizer que está ocupado (quando vai ficar deitado no sofá) só para que ninguém apareça na sua casa, etc.

Tristeza Profunda e Depressão – Diferenças

É importante destacar que a depressão é diferente de tristeza por uma série de questões básicas. Lembrando que a emoção é algo natural, que você vai sentir em vários momentos da vida.

Assim, o estar triste costuma durar horas ou dias, se for profunda, pode durar semanas. Enquanto a depressão se caracteriza por uma longa duração, de meses a anos, de forma recorrente ou com episódios.

Contudo, essa tristeza pode desencadear o transtorno quando se torna intensa e inacabável, acompanhada de outros sintomas, como a apatia, ansiedade, desesperança e outros.

Segundo o Neurologia Integrada, a melhor maneira de diferenciar é:

  • Tristeza profunda: emoção natural e passageira, durando dias ou poucas semanas e com uma intensidade moderada, podendo prejudicar a rotina, mas não completamente;
  • Depressão: quadro de adoecimento que dura meses ou anos, afeta todos os aspectos e rebaixa completamente a produtividade, variando de acordo com cada paciente.

Em todo caso, é essencial que você cuide das suas emoções para restaurar o equilíbrio, evitar uma progressão e trazer mais qualidade de vida.

Dor na Alma – O cuidado começa aqui

O fato de a tristeza profunda ser algo natural não significa que você deve viver em desequilibro, por todos esses sentimentos por vários dias.

Além disso, o cuidado é a forma de garantir uma recuperação, bem como para evitar que se torne algo mais permanente e trazendo qualidade de vida para a sua rotina, superar a tristeza é fundamental. Então, cabe a você dar o primeiro passo para esse autocuidado e, para te ajudar, separamos alguns passos que você deve seguir:

Comece um processo de autoconhecimento

O processo de autoconhecimento é essencial para entender o que realmente acontece com a sua mente e corpo, como isso influencia em outros aspectos da sua vida, como seu processo de decisão acontece, sua história e muito mais.

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Por exemplo, nem sempre entendemos por que temos alguns medos, inseguranças ou porque decidimos seguir por um caminho ao invés de outro.

Olhar para si é um processo amplo e contínuo, que muda com frequência, porque o ser humano é passível de mudança.

No quesito da tristeza profunda, o autoconhecimento permite que você saiba o que gerou isso, quais são os sintomas emocionais, mentais e físicos, etc.

Desse modo, você poderá alcançar um equilíbrio interno, entendendo suas qualidades, falhas, pontos fortes e fracos e tudo o que torna você quem é.

Uma dica essencial aqui é: escute tudo o que você diz, mas também aquilo que não é dito.

Em suma, a origem das suas questões pessoais está em você e, para entender o que está acontecendo, é preciso ter uma escuta ativa, compreendendo os sinais, como você reage a eles, aquilo que aceita e as recusas.

Um exercício prático é avaliar a sua postura em diferentes situações ao longo dos últimos doze meses. Veja como você respondeu a algum comentário negativo sobre si ou sobre algo que você faz, como você reagiu aquilo no exato momento e depois de alguns dias.

Muitas pessoas que estão tristes tendem a não responder esses comentários, mas internaliza aquele sentimento e, posteriormente, passam dias com aquilo na mente, imaginam situações diferentes ou até sentem culpa por todo o ocorrido.

Tenha uma vida mais ativa

Biologicamente falando, as atividades físicas aumentam os níveis de dopamina, endorfina e serotonina no sangue. Esses neurotransmissores são capazes de elevar a sensação de bem-estar, o sentimento de felicidade, reduzem o estresse e os picos de raiva, facilitam o controle do humor e muito mais.

Não à toa, pessoas que praticam atividades físicas regularmente tem uma propensão maior a ter uma rotina mais produtiva e um dia mais “cheio” de coisas a serem feitas.

Ao mesmo tempo, os exercícios são essenciais para melhorar a concentração, motivar, reduz a ansiedade, melhoram a memória e otimiza o seu foco, bem como nível de atenção.

Portanto, ao lidar com uma tristeza profunda, inserir atividades no dia-a-dia contribuem para treinar o seu cérebro, desafiar-se e aprender mais sobre si.

Durante os exercícios, você entende mais sobre seus limites, gostos e te ajuda a pensar mais, de forma criteriosa e responsável.

Além disso, tira você do looping de trabalhar, chegar em casa, tomar banho e ir dormir. Estimulando-o a ir além.

Inclusive, vale qualquer exercício: andar de bicicleta, caminhar, andar com o pet várias vezes ao dia, dançar, fazer yoga ou pilates e assim por diante.

Tristeza profunda: você precisa fazer algo que gosta todos os dias

Um dos maiores erros de pessoas que estão mal com alguma coisa é parar de fazer tudo aquilo que gostam porque falta energia, vontade, motivação e foco.

Claro que é fácil entender o porquê disso, já que você mal tem energia para fazer aquilo que é obrigatório, quem dirá fazer um “extra”. Mas isso é essencial.

Quando você deixa de fazer coisas que gosta, o cérebro entende que não há um local de fuga, para relaxar, sair do modo automático ou mesmo para se divertir. Isso reduz todos os neurotransmissores “bons” da corrente sanguínea.

Em contraponto, eleva a presença de neurotransmissores como o glutamato, atrelado ao estresse e contribui para a redução da noradrenalina, que prejudica o sono.

Justamente por isso, insira no seu dia algo que você goste de fazer, que traga algum prazer emocional ou cause emoções positivas. Existem pessoas que se sentem bem acordando bem cedo, vendo o sol nascer e sentindo o ar mais fresco.

Por outro lado, alguns preferem ler por trinta minutos, ouvir música enquanto tomam banho, fazer uma refeição em frente a TV, desenhar, assistir um filme, estudar, etc.

Seja o que for, faça todos os dias e faça disso um hábito!

Planejamento: a melhor arma de funcionamento

Planejar (e segue o que planejou) é uma das ferramentas mais eficazes para reduzir sentimentos negativos, fortalecer a autoestima e criar, bem como desenvolver, um hábito.

Neste cenário, você precisa criar um plano de rotina que funcione, o que significa considerar quais são suas necessidades, expectativas e explorando o que pode mudar ao longo do tempo.

Por exemplo, se você não se sente bem acordando cedo, e não precisa acordar, defina um horário mais tardio, mas não em excesso. Se o trabalho começa as nove, levante-se as sete ou sete e meia, para ser capaz de se levantar com calma, tomar um bom café e então começar o dia.

A recomendação é definir horários para:

  • Acordar;
  • Café da manhã, almoço e jantar;
  • Trabalho;
  • Exercícios físicos;
  • Para o que gosta de fazer;
  • Dormir.

Respeite a sua tristeza profunda

Por fim, um cuidado que começa agora é o respeito: você deve respeitar a si todos os dias, incluindo seus momentos de alegria, tristeza, medo e o que mais surgir. Todos eles são valiosos e merecem tempo.

Então, não tente “varrer para baixo do tapete”, mas sinta essa dor e dê tempo para que tudo se encaixe, volte a fazer sentido, para que você compreenda melhor e consiga superar esse obstáculo.

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Um erro dos adultos é dizer que “não doeu”, quando, na verdade, doeu sim e machucou muito. Então, respeite isso e não compare sua dor ou seus problemas com terceiros, cada qual sente de um jeito e possui uma história única.

Aqui cabe outra dica: seja mais positivo consigo mesmo, buscando pensamentos mais otimistas, compreendendo suas qualidades e fortalecendo seu pensamento, confiança e amor-próprio.

Assim, a tristeza profunda pode acontecer, mas você será capaz de vivenciar e passar por isso, trazer sua melhor versão e toda a sua força a tona e alcançar a felicidade.

Portanto, a Fepo está aqui para te ajudar neste processo, independentemente de onde você esteja e com profissionais altamente capacitados e especialistas no assunto.

Cuidar de si é o maior ato de amor a vida, faça isso por você!

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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