O remédio para emagrecer é um tema recorrente. Sejam em consultórios médicos, clínica, nutricionistas e, principalmente, na internet. Inclusive, isso elevou de forma escalada, mas não é um assunto novo.
Ao mesmo tempo, estudos mostram uma crescente nos números de obesos. Dados da EBC de 2021 mostram que, só no Brasil, houve mais 22,35% casos definidos como obesidade e sobrepeso. Esse número ficou ainda mais evidente com a pandemia, devido ao isolamento social.
Entretanto, é natural ter dúvidas sobre o tema. Seja os remédios que podem ser ingeridos, efeitos ou mesmo as discussões sobre efeitos colaterais e problemas envolvendo esse tipo de tratamento. Confira!
O que nos impede de perder peso?
A perda de peso significa que você está perdendo massa corporal e/ou gordura. Isso quer dizer que o número da balança será reduzido. Isso é diferente de emagrecer, sendo esta a perda de gordura, podendo ou não envolver também a redução dos números da balança.
Neste cenário, você pode perder peso por uma série de fatores diferentes.
Por exemplo, ao ficar doente, muitos pacientes precisam ficar acamados e tomar apenas líquidos. Por isso, muitos acabam perdendo peso rapidamente, gerando inclusive a sobra de pele. Algo que não é saudável ou bom.
Mas, a principal queixa é a dificuldade em perder peso. Muitos pacientes levam anos para chegar ao peso ideal, considerando estrutura, altura e outros aspectos.
Aqui, é importante se ater a questão da expectativa.
Em síntese, é comum que esse desejo de perder peso seja algo amplamente esperado. Mas, também há a ideia de que isso deve ser rápido e até mesmo fácil.
Dessa forma, mesmo tendo demorado anos para chegar ao peso atual. O desejo é de emagrecer em uma semana, quinze dias ou mesmo em um mês. Algo completamente surreal quando pensamos em saúde.
Por outro lado, perder peso é possível, mas existem alguns obstáculos que podem estar dificultando tudo isso, principalmente se estiver em sobrepeso e/ou obesidade, dentre eles:
Estresse e ansiedade
Se você tem um quadro ansioso, sabe que essa condição prejudica o funcionamento metabólico de diversas maneiras. E o mesmo acontece com o estresse.
Muitas vezes, esses pacientes comem não por sentirem fome, mas por esses picos, que oscilam o emocional. Imagine, por exemplo, o que você costuma fazer antes de um dia ou momento importante.
Na maioria dos casos, os seres humanos comem. A comida gera uma reação emocional de segurança, bem-estar e conforto. Ou seja, reduz os sintomas ansiosos e estressantes temporariamente.
Má nutrição
A má nutrição, geralmente, está associada a uma pobreza na alimentação, que pode ou não ser intencional. Basicamente, você não come aquilo que realmente precisa comer para fornecer nutrientes para o seu metabolismo.
Como resultado, o corpo não recebe o que precisa e começa a apresentar problemas.
Pessoas que querem emagrecer, muitas vezes, começam a seguir uma alimentação baseada em alguma dieta específica. Como focada em proteínas ou gorduras boas, bem como aquelas que eliminam completamente algum grupo alimentar.
A realidade disso é que o cardápio fica altamente restrito, “pobre”. Então, o efeito é rebote: você pode começar a engordar e apresentar um quadro de desnutrição.
Desequilíbrios internos
Os desequilíbrios internos estão entre as principais causas que exigem algum remédio para emagrecer.
Neste caso, após adotar todas as outras medidas de cuidados (como alimentação e atividade física), os remédios trazem o equilíbrio interno que o organismo precisa.
Assim, o desequilíbrio mais comum está relacionado a tireoide, chamado de hipotireoidismo.
Justamente por isso, se você tem dificuldades para perder peso, mesmo mudando o estilo de vida, é essencial solicitar um acompanhamento médico e realizar um checkup.
Falta de rotina
O remédio para emagrecer sempre surge como uma alternativa quando a rotina não contribui com hábitos saudáveis.
Afinal, em um dia comum, você pode precisar trabalhar, cuidar da casa, dos filhos e/ou pets, conversar com pessoas, ir até algum lugar e mais. Tudo isso dificulta na hora de seguir os horários.
Essa falta de rotina é um problema por dificultar a adaptação do organismo.
Imagine que o corpo funciona como um relógio. Se você sempre se alimenta nos mesmos horários, o organismo ingere de forma adequada, apresenta a sensação de fome e saciedade.
Em contraponto, quando não se seguem horários, o organismo não entende que o alimento virá. Isso aumenta a sensação de fome, estoca maior quantidade de gordura e pode causar alterações no humor.
Transtornos e expectativas
Cabe destacar que a dificuldade para perder peso, muitas vezes, está associada a algum tipo de transtorno ou distúrbio, como depressão ou de imagem. Nesses casos, o problema central não é o peso, mas este é uma consequência.
Muitos pacientes depressivos comem para tentar amenizar aquilo que sentem. Nesses casos, o remédio para emagrecer pode ser necessário.
Simultaneamente, as expectativas podem causar uma série de problemas na saúde física e emocional.
Aqui, podemos citar a perspectiva de emagrecer rapidamente e alcançar o chamado “corpo perfeito”. Algo que, na maioria dos casos, não é realmente possível.
Falta de exercício regular
Um dos motivos que impedem você de perder peso é a baixa atividade física. Isso acontece por o corpo humano precisar de movimento, principalmente para manutenção dos músculos e queima calórica.
Logo, quando você não pratica isso de forma regular, a gordura não é queimada, causando estoques ou blocos, ocasionando o ganho de peso.
Ao mesmo tempo, a falta de atividade física provoca uma lentidão no metabolismo e baixa produção energética. Com isso, é comum a sensação de sonolência, letargia e alterações no humor.
Inclusive, há diversos casos em que o remédio para emagrecer funciona como um intermediário. Ou seja, resolve algum aspecto específico para auxiliar na perda e controle de peso.
Qual o emagrecedor mais potente?
Primeiramente, se você pesquisar sobre o assunto no Google, vai encontrar uma série de remédios, suplementos e outro encapsulados que prometem causar um emagrecimento rápido.
Entretanto, a realidade é que muitos desses remédios não são indicados para este fim, ou seja, são uma consequência. Entre os exemplos estão os antidepressivos que podem causar alterações no apetite.
Outro caso é a Sibutramina, usada em casos de obesidade a fim de facilitar o tratamento através do controle do apetite. Esse fármaco atua no Sistema Nervoso Central controlando a fome.
Justamente por essa má popularização, a Anvisa já proibiu uma série de inibidores de apetite e outros ainda podem passar por essa varredura.
Neste cenário, dois emagrecedores potentes conhecidos no mercado são a semaglutida e liraglutida. Ambos são fármacos modernos indicados para quadros de obesidade, mas que foram desenvolvidos com foco em pacientes diabéticos tipo 2.
Mas você pode encontrar muitos outros, inclusive alguns liberados pela Anvisa. O que não significa que devam ser ingeridos.
Via de regra, sempre consulte um profissional qualificado, converse sobre o seu caso e histórico para avaliar qual o melhor tratamento a ser seguido.
Conforme milhares de médicos, psiquiatras e nutricionistas apontam, o emagrecedor mais potente são os naturais, que englobam a adoção de medidas rotineiras, sustentáveis a longo prazo e que promovem uma melhora no estilo de vida.
Já os medicamentos, são indicados em casos específicos. Com destaque para pacientes obesos, com problemas eminentes de saúde ou quando há questões associadas, como transtorno obsessivo compulsivo, depressão, TAG e assim por diante.
Importante
O emagrecimento é um processo complexo que envolve o físico, mental e emocional do indivíduo. Por isso, exige um cuidado contínuo e avaliações quanto a expectativa e possibilidades.
Como trabalhar a cabeça para emagrecer?
Ao contrário do que muitos pensam, o emagrecimento é um processo físico, mental e emocional. Ou seja, exige um equilíbrio completo para que ocorra de forma saudável e seja sustentado a longo prazo.
Isso acontece pela dificuldade em perder peso, demora do processo, as dificuldades naturais que vão surgir, bem como as expectativas, que nem sempre poderão ser alcançadas.
Então, precisamos pensar na psicologia da alimentação. Isso envolve o humor, paladar, memórias, contexto cultural e social, personalidade e assim por diante.
Dessa forma, separamos aqui alguns dos tópicos mais relevantes para buscar esse cuidado e conseguir alcançar um resultado positivo.
1# Entenda a sua fome
Em resumo, a fome é quando não ocorre uma boa alimentação. Ou seja, quando você fica sem se alimentar ou come algo que não é nutritivo. Como resultado, pode sentir uma série de coisas.
Como dores de cabeça, mal-estar físico, sonolência e cansaço, etc.
Aqui podem ocorrer três problemas: você tem uma alimentação de baixa qualidade, come pouco ou tem a sensação de fome, quando não é exatamente fome.
Nos dois primeiros casos, a regra é melhorar a alimentação e focar em regularidade: porções pequenas, várias vezes ao dia. Isso aumenta a sensação de saciedade.
Já no terceiro ponto, a regra é entender essa sensação. Muitas vezes, come por estar ansioso, frustrado, estressado, irritado ou por qualquer outra emoção/sentimento.
Quando isso acontece, existem alguns passos que você pode seguir para evitar que isso ocorra, como:
- Definir uma rotina alimentar e segui-la;
- Evitar consumos de lanches extras, principalmente aqueles ricos em açúcar;
- Sempre que sentir fome, tomar um copo de água e esperar em torno de 30 minutos (a sensação pode passar);
- Realmente prestar atenção nas coisas que você come, principalmente lanchinhos rápidos.
2# Busque um suporte psicológico
O suporte psicológico é indispensável nos processos humanos, principalmente quando envolve mudanças relacionados a autoestima, autoconfiança ou de hábitos.
Basicamente, é através desse cuidado que você pode começar a perceber distúrbios de imagem, expectativas surreais, crises ansiosas, comer por estresse e assim por diante.
Da mesma maneira, facilita o processo de mudança, para compreender e corrigir falhas, aceitar aquilo que não pode ser mudado, mas também mudar o que for possível. Isso também significa aprender a focar no presente e naquilo que é importante.
Então, conheça os psicólogos Fepo e dê o primeiro passo na busca de ter a ajuda que você precisa.
3# Entenda que o remédio para emagrecer é ocasional e específico
O remédio para emagrecer surge como um tipo de bote salva-vidas: uma resposta fácil, rápida e que não provocaria uma real mudança no estilo de vida. A verdade é que, dessa exata maneira, não funciona.
Esses remédios são um ponto do processo. Junto a eles, vem a mudança no estilo de vida, na alimentação, prática física regular e muito mais.
Mas, como envolve o estado emocional, as expectativas do futuro e as dificuldades do dia-a-dia, é o terapeuta/psicólogo que vai lhe ajudar nisso tudo.
4# Entenda os problemas da restrição e do longo prazo
A restrição alimentar, quase sempre, está associada ao remédio para emagrecer. Em síntese, há a perspectiva de que comer apenas alguns alimentos seria a melhor forma de atingir um determinado resultado.
Entretanto, quando essa restrição é feita em um período muito curto e de forma drástica, causa uma série de sintomas. Como a frustração, compulsão alimentar, raiva, crises de choro e ansiedade, estresse, etc.
Ao mesmo tempo, é preciso entender que é possível ficar sem alguns alimentos durante algum tempo, mas outros acabam entrando na sua rotina. Então, cabe a pergunta: “realmente vale a pena passar essa vontade ou aprender a comer?”.
Imagine, por exemplo, que você decide cortar totalmente os doces. Em algum momento haverá um aniversário ou comemoração com bolo, um fim de semana com pessoas importantes e fundues, brigadeiros ou mesmo sorvete.
Abrir mão desses pequenos momentos pode ser mais prejudicial para a sua saúde física e emocional que comer uma porção daquele alimento.
Então, você pode reduzir as quantidades, aprender sobre alternativas mais saudáveis e se permitir a comer aquilo que gosta de forma equilibrada.
Aqui, o psicólogo será essencial para lhe ajudar a entender como fazer esse controle, como aproveitar os momentos, que não existem alimentos “proibidos” e sim cuidados a serem tomados.
Remédio para emagrecer: onde fica o trabalho com a mente?
Por fim, vale dizer que, se for necessário tomar algum tipo de remédio, o processo de cuidado mental e emocional deve ser redobrado.
Isso porque, é comum que esses pacientes usem o remédio como suporte, ou seja, não aprendem a se alimentar bem e acreditam que tudo será resolvido apenas com a ingestão medicamentosa. O que não é verdade.
Assim, o trabalho mental envolve entender até onde vai a atuação do fármaco, se será necessário trocar ou parar com isso em algum momento, bem como os efeitos que podem surgir.
Enfim, converse com um psicólogo sobre tudo isso, diga quais são seus medos e expectativas, avalie gradualmente todas as mudanças e como se tornar a sua melhor versão.
Melhor forma para perda de peso? Indicação médica
Em alguns casos é fundamental procurar um especialista para que seja possível queimar a gordura acumulada e melhorar o peso corporal. Em alguns casos apenas exercícios físicos ou tomar algum remédio natural pode não ser o suficiente e ainda você pode acreditar que não da conta. No entanto outros fatores relacionados a saúde podem influenciar o índice de massa corporal desejado, como por exemplo diabetes tipo 2. Assim, em alguns casos é importante conversar com um médico para que tenha o corpo desejado, mas sem prejudicar a saúde.