Nesse post, a equipe Fepo separou as dicas de qual a melhor abordagem terapêutica para você. Para isso, preparamos um breve resumo de cada uma delas.
Inclusive, a abordagem se refere ao método usado na terapia/atendimento psicológico. Ou seja, é uma maneira de ver, interpretar, reagir e atingir metas.
Logo, não existe uma maneira “correta ou incorreta”, mas sim aquela que melhor atende suas necessidades.
Boa leitura!
Psicanálise
Amplamente conhecida pelo seu criador, Freud, a abordagem psicanalítica funciona, principalmente, por meio da Associação Livre.
Em outras palavras, você fala sobre qualquer coisa, sem filtros ou censuras, de forma livre, como preferir. Mesmo sem seguir uma “linha de raciocínio”.
Assim, o psicanalista observa seus sonhos, o que diz e aquilo que parece “segurar”, possíveis resistências e transferências, experiências passadas, insignts, etc.
O principal desafio aqui é o tempo e compromisso, sendo uma terapia de longo prazo. Entretanto, traz uma série de aprendizados, inclusive autoconhecimento e resolução de conflitos internos.
Saiba mais sobre a psicanálise aqui!
Psicoterapia Breve
Como o nome diz, a Psicoterapia Breve é uma terapia rápida focada em resolver problemas específicos em pouco tempo.
Justamente por isso, é amplamente indicada quando há uma questão em aberto, muito usada em questões que envolvem trabalho e relações profissionais.
Aqui, o foco é naquele problema. Portanto, são estabelecidos objetivos mais práticos, há intervenções diretas, você é ativo em todo o processo e o passado é explorado limitadamente, apenas quando é realmente necessário.
Dessa forma, é uma abordagem funcional para resoluções rápidas e questões diretas, mas é essencial focar no tratamento. Além disso, não é indicada para problemas mais profundos, que exigem maior atenção e tempo.
Terapia Comportamental e Análise do Comportamento
A Terapia Comportamental ou Análise do Comportamento é como um “contraponto” da Psicanálise, desenvolvida por Skinner.
Neste cenário, o foco unicamente é no comportamento observável, analisando de forma funcional e definindo objetivos específicos. Além disso, há diversas técnicas de reforço, punição, extinção de comportamentos e mais.
Em suma, a vantagem é que se trata de um processo rápido, prático e direto. Por outro lado, tem algumas limitações no aspecto emocional, não atua com o inconsciente.
Aproveita para conferir a diferença entre psicólogo e terapeuta com um post especial Fepo.
Contextual
A Terapia Contextual ou Terapia de Terceira Onda foca no contexto e a função comportamental. Ou seja, busca entender o que está no entorno daquilo que você faz e como isso serve para lidar com suas experiências internas ou externas.
Dessa forma, é uma abordagem que envolve técnicas de aceitação e mindfulness, identificação de valores pessoais e alinhamento, desenvolvimento da flexibilidade psicológica (como mudanças e persistência) e mais.
Sendo assim, é um pouco diferente das demais opções que vemos por aí.
Vale dizer ser uma abordagem holística e flexível, mas exige um treinamento do paciente. Inclusive, não é indicada para aqueles que buscam sessões mais diretas e estruturadas.
Terapia Cognitivo-Comportamental
Na busca de qual a melhor abordagem terapêutica para você, é importante conhecer essa linha.
A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma linha que une duas abordagens. Aqui, Beck – quem começou a desenvolvê-la – tem como foco a interação entre pensamentos, comportamentos e emoções.
Diante disso, busca entender como os pensamentos/cognições, influencia em como nos comportamos e nos sentimos. A partir disso, é possível identificar e modificar distorções ou disfunções.
Nessa abordagem acontece também a identificação dos pensamentos automáticos/intrusivos, reestruturação dos pensamentos, exposição e dessensibilização, bem como monitoramento e registro.
A vantagem é ser uma abordagem mais direta, de curta duração, orientada para a solução. Porém, exige que você se comprometa, adapte-se e faça o que é proposto além das sessões.
Gestalt
A Gestalt é uma abordagem humanista com foco no aqui e agora. Ou seja, no presente, responsabilidade pessoal, autoconhecimento e consciência.
Simultaneamente, funciona explorando como é o seu contato com as pessoas e ambiente, ou como evita esse contato. Isso para desenvolver maneiras mais saudáveis e autênticas para essas relações.
Por isso, é comum desenvolver “experimentos”, diálogos, usar o conceito de figura e fundo.
A Gestalt traz amplo conhecimento da autenticidade, autoconsciência, integridade, flexibilidade e criatividade. Porém, é pouco estruturada, tem uma grande carga emocional e exige um compromisso profundo do paciente.
Humanista
Agora, chegamos na abordagem Humanista em que o foco é o crescimento pessoal, experiências e autorrealização. Aqui, o foco é total no indivíduo.
Dessa forma, há um direcionamento no seu potencial, capacidade de crescimento, autenticidade e autoexploração. Por isso, você atua com a responsabilidade pessoal, empatia, liberdade, bem como propósito e bloqueios emocionais.
Entre os pontos positivos está o crescimento, relação terapêutica de suporte e empoderamento. Entretanto, é uma abordagem pouco estruturada e que exige a sua adequação ao modelo.
Neuropsicologia
Na Neuropsicologia há um foco em compreender a maneira como o cérebro e o sistema nervoso influenciam em como você se comporta, bem como na forma como seus processos mentais funcionam.
Neste cenário, há um enfoque em avaliar, tratar e reabilitar disfunções causadas por danos neurológicos ou cerebrais.
Logo, aqui é natural uma avaliação completa, observação do comportamento, testes e identificação de deficiências cognitivas. Só após isso, é feito um planejamento terapêutico para o seu caso.
Sendo indispensável para casos em que há uma condição neurológica ou necessidade de longo prazo, permite uma recuperação/melhoria, maior autonomia e qualidade de vida.
Psicanálise Humanista
Combinando duas abordagens, essa linha é focada no seu inconsciente e nas experiências subjetivas, no potencial humano e autorrealização.
Simultaneamente, explora conflitos internos, promove a autoconsciência e potencial individual, o insight, responsabilidade e autenticidade. Para isso, usa uma série de técnicas interventivas, como experimentos, associação livre, análise dos sonhos, etc.
Cabe dizer que integra passado e presente, trazendo uma compreensão profunda, equilíbrio e pensada para o crescimento. Porém, é uma teoria mais longo, que demanda tempo e flexibilidade.
Fenomenológico-Existencial
A abordagem Fenomenológico-Existencial une duas linhas para focar nas experiências subjetivas e nas questões fundamentais da sua existência.
Portanto, é natural a exploração das experiências, suspensão de preconceitos e julgamentos, descrições detalhadas, propósito, finitude e conexões, liberdade, responsabilidade e mais.
Geralmente, o foco está em melhorar a capacidade de tomar decisões, promover a autoconsciência, aceitação do imutável, etc. Assim, exige uma necessidade de profunda exploração e reflexão.
Psicologia Positiva
Ba busca de qual a melhor abordagem terapêutica para você, é provável que chegue a essa linha.
Assim, a Psicologia Positiva foca em promover emoções e características pessoais que contribuam para uma vida mais significativa, plena e positiva. Para isso, identifica e cultiva pontos fortes, trabalha em cima de metas e propósitos que sejam valiosos, bem como nas suas virtudes.
Da mesma maneira, essa abordagem mostra a importância de você ter um significado para sua vida, desenvolve a resiliência e foca no presente e futuro.
Vale dizer que é indispensável promover avaliações e feedbacks e trabalhar para o seu bem-estar. Entretanto, nem sempre aborda problemas psicológicos mais profundos.
Existencialista
A abordagem Existencialista foca no fundamental para a existência humana. Por exemplo, a liberdade e o sentido da vida, experiência de confrontar a si e a finitude (morte), bem como a responsabilidade.
Portanto, explora-se a angústia existencial, sentido da vida e propósito, experiências subjetivas, o presente e o futuro, etc.
Essa abordagem usa o questionamento Socrático, analisa sonhos e fantasias, bem como desenvolve técnicas de tomada de decisão.
Vale dizer que segue uma filosofia mais complexa, não tem uma estrutura findada e traz o confronto consigo. Entretanto, traz sentido de propósito, compreensão de si e autenticidade.
Análise Bioenergética
A Análise Bioenergética integra mente e corpo, compreendendo que um influencia no outro. Logo, essa linha defende que os traumas e emoções ficam armazenados na respiração, postura, na sua energia e corpo.
Dessa forma, o objetivo dessa terapia é compreender como e porque isso está acontecendo, promovendo a liberação dessa tensão/emoção. Com isso, facilita o alcance da cura emocional e física.
Nessa abordagem há uma série de técnicas e análises para compreender essa integração. Por exemplo, entender como sua expressão emocional reflete no seu corpo.
Terapia Sistêmica
Na abordagem Sistêmica o foco é no sistema, ou seja, entende que você faz parte de algo maior, como o ambiente social e familiar. Por isso, acontece uma análise das relações e influências.
Diante disso, compreende o contexto, envolve terceiros de forma colaborativa, promove uma mudança de perspectiva, estimula a comunicação e a resolução de conflitos.
Entre as vantagens estão as intervenções direcionadas, melhora nas relações e autoconhecimento. Entretanto, muitos pacientes são mais resistentes e o sistema familiar nem sempre é participativo/positivo.
Psicanálise Winnicottiana
Por fim, na tentativa de encontrar a melhor abordagem terapêutica para você, a Psicanálise Winnicottiana destaca como as primeiras relações e experiências humanas são essenciais para formar a personalidade do sujeito. Bem como para o desenvolvimento emocional saudável.
Assim, essa terapia busca criar um ambiente libertador para a exploração das experiências e sentimento. Além disso, valoriza a exploração dos objetos e espaço, desenvolvimento da espontaneidade e autenticidade, explora a criatividade e mais.
Sendo uma abordagem mais complexa, é importante que você conheça o assunto, sendo uma terapia de longo prazo e com uma estrutura distinta.